🚨🐶⚫ “DO JARDIM MARÍLIA AO PAREDÃO: RICARDO SINACHI, O PRESIDENTE QUE TRANSFORMOU UM PUG EM ESCUDO E A PRÓPRIA HISTÓRIA EM LENDAS E POLÊMICAS”

Publicado em: **Segunda-Feira, 14/07/2025**

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JOÃO PESSOA, PB — 10/07/2025 — Globo Esporte

Na Paraíba, hoje ninguém fala de futebol sem passar pelo nome Ricardo Sinachi. De dono de hotel de luxo a figura polêmica em paredões, ele comanda o S.C. Sinachi com a mesma voz que usou a vida inteira pra se erguer — entre barracas de feira, pilhas de papelão e salas de diretoria de banco.

Mas a história não começa em tapete vermelho: começa na periferia de São Paulo, no Jardim Marília, na Zona Leste, onde Ricardo entendeu cedo o peso de cada real.

📍 “SE EU NÃO CORRESSE, EU NÃO ESTAVA AQUI”
“Eu falo isso pra quem quiser ouvir: fui feirante, catava reciclável, carregava caixa, acordava de madrugada pra puxar carrinho no meio da rua. Meu primeiro dinheiro foi catando latinha, vendendo cebola, arrumando barraca dos outros. É assim que aprende a dar valor. Se eu não corresse, eu não estava aqui. Simples.”

No meio desse corre, apareceu a chance de virar jogador — convite de olheiro, mala na mão, passagem só de ida pro Nordeste. O sonho não virou gol, mas virou raiz.

“Quando vi que não ia dar pra viver de bola, não voltei não. Fiquei. Fui fazer de tudo. Faxina, vendedor, fui subindo, até virar gerente de banco. Aí vi que tinha talento pra ganhar dinheiro — mas sem virar as costas pra quem veio comigo.”

🐶 A TUTA: DO CANIL AO ESCUDO
Uma das marcas mais fortes da gestão Sinachi é a Tuta Gertrudes, uma pug fêmea que hoje virou símbolo do clube — mas que quase não teve chance de viver.

“A Tuta eu achei largada num canil podre, todo mundo sabe disso. Era um lugar clandestino, bicho maltratado, judiado. Quando eu vi aquilo, eu não dormi. Meti advogado, botei processo, briguei na Justiça até fechar aquele buraco. Tirei a Tuta de lá, trouxe pra casa, cuidei como filha. E hoje ela tá na coleira, tá no meu sofá e tá na camisa de todo torcedor do Sinachi. Quem não respeita bicho não respeita ninguém.”

💙 DA PERIFERIA PRA FUNDAÇÃO
O discurso inflamado não é só pra arquibancada — vira projeto real com duas frentes.
A Fundação Sinachi, que acolhe crianças da periferia com reforço escolar, quadra, música, comida quente na mesa. E a Fundação Tuta, dedicada a resgatar e tratar animais de rua.

“Eu sei o que é ter fome, irmão. Sei o que é chorar no farol pedindo moeda pra comer pão. Então eu faço o que eu posso. Se hoje eu tenho mais que ontem, eu reparto. Criança precisa de comida, de estudo, de bola pra chutar. E bicho precisa de respeito. Quem quiser me bater por isso, pode vir.”

🔥 POLÊMICA NÃO FALTA — E ELE NÃO ESCONDE
As fotos rodando grupos de WhatsApp, as imagens vazadas, os paredões com meliantes, bicheiros, agiotas — tudo já deu pano pra polícia e pra manchete. E Ricardo fala disso com a mesma naturalidade de quem serve café no hotel.

“Ah, querem me apontar porque eu tiro foto com fulano, beltrano? Querem me acusar de tráfico, lavagem, qualquer merda? Fala à vontade. Enquanto isso eu tô montando time, botando jogador em campo, enchendo estádio e ajudando criança. Fica quem quer comigo. Quem não quer, vira manchete de fofoquinha.”

⚽ DO PAREDÃO AO CONTRATO
Enquanto cutuca quem duvida, fecha com quem quer jogar. Anunciou Igor Coronado, ex-Caveira Tricolor, e Gabriel Moscardo, campeão da Copa FMFL com o Predillar, calando quem dizia que o Sinachi não teria grana pra manter folha de estrela.

“Eu não preciso de reunião de federação, de tapinha nas costas. Preciso de grana na conta, proposta na mesa e projeto sério. Jogador bom vem onde sabe que tem cobrança e torcida. Aqui tem os dois.”

🚩 AS FARPAS NÃO PARAM
Na última semana, rivalizou com o Diogando FC, que disse não ter rival à altura na Paraíba.

“Diogando? Irmão, para. Se acha que precisa de rival, faz time, paga salário, enche estádio. Ficar de blá blá blá em grupo de presidente é fácil. Eu prefiro mandar eles irem tomar no c em cima do paredão, com a cidade inteira filmando.”*

✊ UM OLHAR PRA FRENTE
Hoje, Ricardo Sinachi mora em João Pessoa, mas carrega o Jardim Marília na fala, no jeito, na raiva de quem sabe de onde saiu.

“Eu tô aqui porque não tinha outra saída. E agora que eu cheguei, não volto. Quem quiser parar o Sinachi vai ter que ter mais que manchete, mais que boato, mais que inveja. Vai ter que ter coragem. E isso, meu parceiro, não se compra.”

Enquanto isso, o pug preto e branco segue latindo nos muros da cidade. E o paredão segue tocando alto. Com polêmica, microfone e a firmeza de quem aprendeu cedo: falar, até papagaio fala — quem faz, fica.